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Para Jorge, “Santa Clara Clareou e aqui quando chegar vai clarear.” (1) Mas ainda está obscuro. Vou contar para vocês, deixando a questão sobre qual a razão da coincidência.

16 de julho de 2013, no escritório, na casa de uma das filhas pensava em na neta Elis, do filho distante, e ao mesmo tempo procurava algo na minha pasta que pudesse ler e descansar. Confortável aquela cadeira de amamentar! Alice, 2 anos, outra neta, brincava com Luiza e Maria, que são mais velhas. Sempre queremos todos reunidos, mas nem sempre é possível.

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Fazendo viagem retrospectiva, revi palestra recente. No Grupo Espírita Fraternidade Irmão Abrahão, GEFIA (*) discutimos a importância da escala de valores ético-espíritas na prevenção do uso e abuso de drogas. Surgiu-me, na tela mental, Santa Clara. O que Clara tem a ver com isso?

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Lembrei-me da diretoria e só encontrei mulheres. Será que aquela Casa Espírita é orientada por Clarissas?

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Curioso, enviei pergunta, por e-mail a Sonia, Segunda Secretária. No pensamento apareceu a escritora de livros infanto-juvenis. Fiquei de “saia justa” quando Cléo me pediu um prefácio (**). Naqueles dias de AIDS, sentia dificuldade em iniciar.

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Minha mulher faria palestra em cidade distante. As horas, no ônibus fizeram-me refletir e resolvi escrever sobre a clareza e concisão no livro e seu enfoque na Pedagogia Regeneradora.

Cléo se dedicou ao magistério e havia ajudado a formar inúmeras professoras na Escola Normal. A professora primária, naquela época, era valorizada e entrou na letra da MPB. (***).

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Por ser namorado de uma delas, posso ser testemunha daquele prestígio adquirido através da credibilidade e competência. Um dia na rua, um homem alto e forte deu-lhe um proporcional abraço. O Oficial das Forças Armadas tinha sido aluno em uma das suas primeiras turmas. Cléo vivenciou esses dias. Como poderia negar-lhe um pedido?

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No ônibus, também lembrei de Clara de Assis e meus olhos revelaram a emoção. O mesmo acontece quando penso em Santa Sara (3). Não sei explicar. Como dizem os espíritas, deve ser emoção de adversário de outras vidas, arrependido.

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A proposta de Cléo clareava, era a opção pelo Amor na prevenção da dor. Aquele Amor de Clara por Francisco e por Jesus dos pobres.

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Ainda no ônibus, pedi a Sonia, minha mulher estudiosa do Evangelho, que me falasse de Clara e Francisco. Antes de chegar ao destino o prefácio estava pronto (**).

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O que Clara tem a ver com o GEFIA? 

Sobre Clara destaco pontos num resumo imperfeito (2).

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Na noite de 19 de março de 1212, dia seguinte à festa de Domingos de Ramos, Clara de Assis uniu-se ao grupo de Francisco de Assis na capelinha da Porciúncula. As clarissas, e toda a família franciscana, celebram este dia como o da fundação da Ordem de Santa Clara, a Ordem das Clarissas.

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Ela e Francisco cultivaram três paixões ao longo de toda vida: a paixão pelo Jesus pobre, a paixão pelos pobres e a de um pelo outro, nesta ordem. Eles não queriam fazer caridade para pobres, mas viver como e com eles.

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Em sinal de sua incorporação ao grupo, Francisco lhe cortou os cabelos louros. Clara foi vestida com as roupas dos pobres, não tingidas, mais um saco que um vestido. Depois da alegria, das canções dos trovadores franceses e das orações, foi levada para dormir no convento das beneditinas, a 4 km de Assis.

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Inês, sua irmã mais nova, uniu-se a ela 16 dias depois. A família tentou retirar as filhas, mas Clara agarrada às toalhas do altar resistiu, mostrando a cabeça raspada. O mesmo destemor ela mostrou quando Inocêncio III não quis aprovar o voto de pobreza absoluta. Lutou e o Papa enfim consentiu.

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Seu corpo intacto depois de 800 anos comprova, uma vez mais, que o amor é mais forte que a morte.

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No escritório da filha resolvi procurar na WEB. Esses celulares são “uma mão na roda”. A tela me mostrou a figura de Clara e data de seu nascimento, 16 de julho de 1194.

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Perguntei a Luiza, outra neta: “Lu, que dia é hoje?”. 16, Vô.

1194/2013. Fiquei arrepiado.

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Sonia, secretária no GEFIA, prontamente respondeu.

“Não sei se é coincidência, mas a Igreja Católica do Jabour é Santa Inês, irmã de Clara. E também temos uma casa espírita no bairro intitulada de Irmã Carla.

Já tivemos uma casa das freiras aqui no bairro durante muito tempo. No nosso trabalho mediúnico sempre sentíamos a presença de irmãs de caridade.

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 Resolvemos perguntar a espiritualidade o nome do mentor (a) de maneira muito acanhada, pelo receio da responsabilidade que é. A resposta não apareceu de imediato. Quando menos esperávamos, (…) surgiu à comunicação – Clara de Assis é a mentora. Acredito que todas as irmãs de caridade façam parte da Ordem das Clarissas.

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“O Dsapse do GEFIA atende no momento 20 famílias e mais gestantes que recebem enxoval. Doamos bolsas com lanche e Evangelho. O Centro Irmã Carla atende mais crianças (quase 100) com sopa todos os dias e café da manhã. (…) a mentora é Clara de Assis.”

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Vamos ficar com vontade de “quero mais” ou Santa Clara Clareou?

Permitam-me repetir: “Alguns até que gostariam de pegar um espírito na ponta de uma pinça ou observá-lo num microscópio.”(4)

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(*) GEFIA. Rua Zopiro Goulart, 351. Jabour. RJ.RJ, tel 2404-3428

(**) As Drogas e a Pedagogia Regeneradora . Rio de Janeiro, maio de 1997 

Prefácio do Livro de Cléo de Albuquerque Melo 

 “De Olhos Bem Abertos”. Editora Lachatre. RJ. 

(***) Normalista. Nelson Gonçalves.  Trazendo um sorriso franco,  no rostinho encantador,  minha linda normalista rapidamente conquista meu coração sem amor.

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* AS IMAGENS SÃO ESCOLHA E RESPONSABILIDADE 

DE BRUNO TAVARES

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formiga Luiz Carlos Formiga

Articulista na divulgação da Doutrina Espirita , com contribuição em alguns jornais e revistas, no Brasil e em Portugal (Fraternidade – Lisboa). Realiza palestras em casas espíritas. Biomédico (1969) pela Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado da Guanabara (UERJ). Especialização em Microbiologia e Imunologia (1970), Mestrado (1974) eDoutorado (1979), no Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pedagogo, Licenciado pela A.E.S. São Judas Tadeu, R.J. Pósgraduação em Educação em Saúde, Especialização pelo Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, do Centro de Ciências da Saúde da UFRJ. Prêmio Uerj-Funarte, 1980. Concurso de monografia, com “A Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a formação de recursos humanos para a área de saúde. Curso de Ciências Biológicas, Modalidade Médica”. Projeto Semana da Uerj, realizado pelo Departamento Cultural e Patrocinado pela FUNARTE. Prêmio Científico Enzilab/1991. Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, sob patrocínio da Enzilab Hospitalar LTDA. Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Médicas, UERJ e Professor Adjunto IV do Departamento de Microbiologia Médica do Instituto de Microbiologia da UFRJ. Foi Coordenador dos Cursos de Pósgraduação da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ. Foi Coordenador do Centro de Referência Nacional de Difteria e outras Corinebacterioses, do Ministério da Saúde. Coordenador da Linha de Pesquisa – Corynebacterium diphtheriae. Síntese da linha de pesquisa: Formiga, L.C.D. 1985. New possibilities for Laboratory diagnosis of diphtheria. Brazilian J. Med. Biol. Res., 18:401-402. Casado. Quatro filhos.

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brunooyellowMeus queridos amigos e irmãos, eis aqui um excelente artigo do confrade Luiz Carlos Formiga, sobre fatos do nosso movimento espírita, relacionados com uma querida Instituição, mas que, por trás da cortina, apresenta o clarão da proteção espiritual de Clara de Assis, essa verdadeira Lua da Idade Média, Lua de Asssis, sim, porque se o “Poverello” era considerado o “Sol de Assis”, nada mais justo do que nominá-la assim.

Que Jesus abençoe Clarinha e Pai Francisco para que continuem sendo Luzeiros do Mundo!

Que Jesus os abençoe, sempre!

Bruno Tavares

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