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No mundo da imaturidade emocional a morte não possui prestígio. No entanto, a experiência da morte pode conduzir a pessoa a se perceber único, impulsionando a própria transformação. A pessoa enquanto angustiada, se singulariza, uma vez que, diante da morte, só ela pode ser o que ela é. Aconteceu com os apóstolos, angustiados na crucificação. Lembra o que aconteceu com Pedro?

 No velório do meu pai, seu neto, meu filho fez a prece. Sua namorada ficou encantada e depois, contaminada por sua filosofia de vida, casou com ele.

Espíritas, pensamos no estilo de vida depois da morte. Encontramos, com frequência, a preocupação com o estagio obrigatório no Umbral, como o acadêmico das ciências biomédicas no hospital, tendo que passar pelo laboratório, para aprender a examinar fezes amolecidas e de cheiro forte. Que coisa desagradável!

 No laboratório, podemos extrair lições diversas, como quando partícipes de um velório. Na realidade nunca nos sentimos preparados para analisar os diversos tipos de diarreia, morte ou enterros.

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VUMB

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Quando pensamos na própria sorte, morte, achamos que estamos despreparados para a reflexão. Mesmo com a aparência de “notório saber espírita e reputação ilibada”, na hora do próprio julgamento, no “Supremo Tribunal da Consciência”, como “juízes parciais”, tendemos a sentenciar em causa própria, emergindo o mecanismo “advogado” de defesa, do ego.

O espírita em geral não teme a morte, mas morre de medo só em pensar no que vem depois dela.

O que acontece depois da morte?

São muitas as respostas, mas há decepção quando somos suicidas.

Quem ainda não pensou na possibilidade da alma ser imortal deve fazer leitura adicional. (1)

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Velórios, enterros, podem apresentar ocorrências inusitadas.

Eu, por exemplo, gostaria de ir ao “meu enterro”.  Alguns já foram vistos, por médiuns videntes, acompanhando o corpo até o cimento que sela a sepultura. Na cremação não deve ser muito diferente.

Depois do assassinato consumado de Jesus Tomé ficou atrapalhado.

– Então, no oitavo dia, portas  e janelas fechadas, Jesus novamente apareceu no meio deles e sua voz ecoou: “A paz seja convosco!”

Tomé vê Jesus se aproximar e dizer:  “Vem, Tomé, introduz aqui o teu dedo e vê as minhas mãos. Põe a mão do meu lado e não sejas incrédulo, mas crê”.

Tomé cai de joelhos e clama com todas as suas forças: “Meu Senhor!”

 Jesus o sustenta e, para finalizar o ensinamento, lhe diz: “Porque me viste, creste. Felizes os que não viram e creram.” A imortalidade da alma foi aula prática de laboratório, inesquecível. (2)

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JTHO

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Diante da moribunda economia brasileira, ser “profissional do cabelo” pode ser excelente negócio. As crises financeiras parecem não abalar esses empreendedores, o setor vem apresentando crescimento constante. Não, não estou fugindo do assunto!

No cemitério, veja inusitada atuação profissional na divulgação do seu ofício.

O Jornalista S. Nery relatou que no enterro do professor Lineu de Albuquerque, diretor da Faculdade Nacional de Direito, no cemitério São João Batista, RJ.RJ., falou o reitor da Universidade do Brasil, Pedro Calmon. No final um desconhecido fez discurso de arrepiar coveiro. (3)

Acabou assim: – “Peço desculpas, pois os senhores não me conhecem. Eu era o barbeiro do professor Albuquerque.”

Na saída, cada um dos presentes recebia o cartão de um desconhecido, cara modesta, voz tremula. Era o barbeiro-orador.

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Num outro enterro, o do poeta Augusto Frederico Schmidt, onde falou Manoel Bandeira, da Academia Brasileira de Letras e também Francisco Parente, jornalista e poeta, ouviu-se o arrepiante discurso. Era o mesmo profissional do cabelo e barba. (4)

Espíritas, somos contra a pena de morte. Contra a eutanásia, estamos conscientes de que mesmo nos últimos momentos, pertinho da morte, a pessoa, o espírito, ainda está vivendo. Hoje somos “obrigados” a acompanhar as experiências que oferecem“evidências científicas sugestivas” da imortalidade da alma e da reencarnação, para não sermos colocados no grupo dos indigentes culturais.

Próximo ao assassinato consumado, durante a crucificação, Jesus ainda intermediou a cura da filha cega e surda de Simão de Cirene.

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JCEG

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Em “Traço de Cirineu”, (5) poesia de Maria Dolores, pelas mão de Francisco Cândido Xavier,  encontramos o relato. Um pequeno trecho.

O cortejo prossegue… O Cristo, passo em passo,

Por um momento só, exânime, fraqueja:

Ajoelha-se e cai vencido de cansaço.

O povo exige a marcha, excede-se, pragueja…

Nisso, um campônio vem da gleba com que lida.

É Simão de Cirene, homem simples e forte,

Um meirinho lhe pede apoio na subida,

Deve prestar auxílio ao condenado à morte…

-“Como, senhor? Não posso!…”_ exclama o interpelado,

“Tenho pressa!…” No entanto, o funcionário insano

Grita-lhe em rosto; “- Cão, obedece ao chamado!”

E mostra-lhe o rebenque a gesto desumano…

Calado, o lavrador atende e silencia,

Toma parte da cruz sobre o ombro robusto,

Fita o Mestre cansado, o suor que o cobria…

A turba escala o monte e alcança o topo a custo.

Contemplando Jesus, por fim, deposto o lenho,

Diz-lhe Simão:-“Senhor, achava-me apressado…

a filha cega e muda é o tesouro que eu tenho,

Não queria ferir-te o peito atribulado.

Perdoa, se aleguei a urgência em que me via. (5)

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Enfatizo. Já pensou em participar do próprio velório?

Orem por mim, para que eu possa “passar batido”, isto é, muito rápido, pelo Umbral. Para relaxar um pouco neste final, vamos pensar, depois de passar pelo dicionário espírita, em como uma artista plástica desenharia a palavra Umbral (6).

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PVEL1

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Leitura Adicional:
(1) http://www.oconsolador.com.br/ano8/369/especial.html
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/SERIA_
EU-POR_ACASO-UM_ESPIRITO_LCF.html
(2) http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2015/04/jesus-tome-e-nos.html
http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/JESUS-TOME_E_NOS_LCF.html
(3) http://tribunadainternet.com.br/o-cabeleireiro-de-dilma/
(4) http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/opiniao-2/
fernando-gabeira-a-agonia-de-um-segredo/
(5) http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/
bibliotecavirtual/chicoxavier/avidaconta.pdf
(6) http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/o-
poder-das-palavras-o-cafune/new/#new

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brunooyellowMeus queridos amigos e irmãos, leiam mais este artigo extraordinário que me foi enviado pelo meu querido amigo Luiz Carlos Formiga, grande estudioso e escritor espírita. Aqui o Formiga de forma agradável, doutrinária, inteligente, solta sua mente afiada sobre uma temática muito apropriada para esse Dia de Finados: Velórios, Enterros e Umbral

Falar do Formiga como escritor é motivo de suspeição para mim, porque sou fã desse cara, o que ele escreve de agradável é brincadeira, somado a isso o fim espiritualizante de todos os seus textos

Que Jesus abençoe ao Formiga, alma velha das tardes atenienses, por essa abençoada verve sua que ele coloca em prol dos princípios nobres da vida

Que Jesus abençoe a todos nós! 

Bruno Tavares

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Luiz-Carlos-FormigaV Luiz Carlos Formiga 

Articulista do Blog do Bruno Tavares, articulista na divulgação da Doutrina Espirita, com contribuição em alguns jornais e revistas, no Brasil e em Portugal (Fraternidade – Lisboa). Realiza palestras em casas espíritas. Biomédico (1969) pela Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado da Guanabara (UERJ). Especialização em Microbiologia e Imunologia (1970), Mestrado (1974) eDoutorado (1979), no Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pedagogo, Licenciado pela A.E.S. São Judas Tadeu, R.J. Pósgraduação em Educação em Saúde, Especialização pelo Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde, do Centro de Ciências da Saúde da UFRJ. Prêmio Uerj-Funarte, 1980. Concurso de monografia, com “A Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a formação de recursos humanos para a área de saúde. Curso de Ciências Biológicas, Modalidade Médica”. Projeto Semana da Uerj, realizado pelo Departamento Cultural e Patrocinado pela FUNARTE. Prêmio Científico Enzilab/1991. Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, sob patrocínio da Enzilab Hospitalar LTDA. Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Médicas, UERJ e Professor Adjunto IV do Departamento de Microbiologia Médica do Instituto de Microbiologia da UFRJ. Foi Coordenador dos Cursos de Pósgraduação da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ. Foi Coordenador do Centro de Referência Nacional de Difteria e outras Corinebacterioses, do Ministério da Saúde. Coordenador da Linha de Pesquisa – Corynebacterium diphtheriae. Síntese da linha de pesquisa: Formiga, L.C.D. 1985. New possibilities for Laboratory diagnosis of diphtheria. Brazilian J. Med. Biol. Res., 18:401-402. Casado. Quatro filhos.

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